NO CALOR DA
BATUCADA
BATUCADA
(Renato Fialho / Flavio Oliveira do Salgueiro) 26.10.2017
EU A VÍ SAMBAR...
AO LUAR EM UM TERREIRO
AO MOSTRAR TODA SESTROSA
O QUE É O SAMBA VERDADEIRO
SEM SANDÁLIAS, PÉS DESCALÇOS
COM SUA SAIA GODÊ
SEUS REQUEBROS
E MANEIRAS
E MANEIRAS
TEM FEITIÇO, TEM DENDÊ
SAMBOU, LEVANTOU POEIRA
DE NOVO EU PAGO PRÁ VER
O GINGAR DO CORPO DELA
SERPENTEIA COMO QUÊ
E NO BRILHO DOS SEUS OLHOS
O TERRREIRO SE ALUMEIA
E PASSEANDO COM ELA
VI O CLARÃO DA LUA CHEIA
NO SAMBA QUENTE
O LUAR ILUMINOU
A BARRA DA SUA SAIA
QUANDO O VENTO LEVANTOU
MEU DEUS DO CÉU
NÃO DEU PRA SEGURAR
FOI MEU SANTO QUE ORDENOU
ENTÃO FUI ME ESPALHAR
MEU CORAÇÃO BATEU FORTE
NO CALOR DA BATUCADA
ENTÃO EU SAMBEI COM ELA
ATÉ O ROMPER DA MADRUGADA