É ASSIM QUE A VIDA PASSA
(de Flavio Oliveira do Salgueiro e João Batista Alcantara - Jotabê)
SAUDADE... SAUDADE DO TEMPO EM QUE EU TINHA MAIS TEMPO
MEU TEMPO PASSOU...
EU TENHO AQUI DENTRO, A VELA O VENTO, E UM BARCO DE AMOR...
NO MEU PENSAMENTO, EU VOU NAVEGANDO,
SÃO SETENTA ANOS, NA FÉ E SEM MEDO,
EU TENHO SEGREDOS NO MEU CORAÇÃO...
SAUDADE... O AMOR NÃO TEM CURA,
A MINHA LOUCURA É GOSTAR DE VIVER
DE TENTAR DESCOBRIR, O MISTÉRIO DO QUE É O RENASCER,
DE ONDE VIM? QUEM EU SOU?
O QUE AQUI VIM FAZER? E O PORQUÊ?
E NO FINAL, PRA ONDE VOU?
AINDA NÃO DESVENDEI, MAS SEI O QUE VIVI... EU ADOREI,
DAS PAIXÕES VERDADEIRAS QUE TIVE,
E AS OUTRAS QUE APENAS FIQUEI...
DAS SEMENTES QUE PLANTEI...
NAS NOITES DE FRIO E CALOR...
ROMANCEADAS NO VINHO E NO AMOR...
O TEMPO PASSOU, E AQUI, AGORA ESTOU...
REFLETINDO... TUDO QUE A VIDA ME PROPORCIONOU
AFORTUNADO EU SOU... ENVELHECIDO EM BARRIL DE CARVALHO,
FAÇA UM BRINDE... ERGA A TAÇA...
A SAUDADE! ... É ASSIM QUE A VIDA PASSA...