POR AMOR... POR TE AMAR
( de FLAVIO OLIVEIRA DO SALGUEIRO)
SE...
Se não te reconheci,
não foi desdém,
foi o véu das circunstâncias,
tempos de silêncios e dissonâncias.
Um dia, talvez, entenderás
o motivo da negação,
o gesto velado de proteção.
Renunciar, ceder,
foi o preço que paguei
pra suavizar a dor
de um amor que calei.
Não sei se valeu a pena...
Só o tempo saberá.
Só sei que o que fiz, foi apenas ... (refrão)
por amor... por te amar.
Pois não havia escapatória,
tantas tramas entrelaçadas,
idas e vindas,
almas cruzadas,
um destino além da própria história.
E sim, houve renúncia...
Doeu—como doem as grandes verdades—
mas eu suportei,
em silêncio, com dignidade,
por ti,
sempre por ti.
Jamais por mim...
Não sei se valeu a pena...
Só o tempo saberá.
Só sei que o que fiz, foi apenas... (refrão)
por amor... por te amar.
Por amor...por te amar
Foi árduo, no princípio,
ver-te de longe e nada dizer.
Ouvir tua voz sem responder,
acolher teu sorriso
sem poder nele viver.
E pra te guardar,
pra teu caminho abençoar,
elevei preces às águas sagradas:
à deusa dos rios — Salve Oxum!
e à rainha do mar — Iemanjá.
Não sei se valeu a pena...
Só o tempo saberá.
Só sei que o que fiz, foi apenas... (refrão)
por amor... por te amar.
Por amor...por te amar
Por amor...por te amar
Por amor...por te amar